todo dia morre alguém na praça

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Fazia Poesia
Published in
Apr 15, 2022

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Loreto, Ciascuno a suo modo, de Vittorio Piergiovanni, 1957

se são os estilhaços que matam
o que acontece com a explosão
fadada a nascer de novo
esperando a trombeta, chamando o povo
sem ponto final só vírgula
sem enter só espaço
guarda pra si a inveja, gula
viaja pra outro lugar
tritura sozinha todo ferro e aço
se lota e espia a beirada
faz-se contagem decrescente e pronto:
morre mais um na rua 10
lá embaixo

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